A maior parte dos seus músicos nasceu e viveu a vida toda na Vila dos Comerciários, região pobre de Recife. O embrião da banda surgiu em 1968, quando Almir conheceu o cantor Marco Polo, que dividiu com Almir a função de compor as músicas da banda. O baixista tocava covers em conjuntos de bailes, mas ele queria mesmo era trabalhar de forma autoral, o mesmo que Marco, e houve uma identificação rápida entre a dupla.[3]
Inicialmente chamado de Tamarineira Village (em referência ao Greenwich Village de Nova York e ao bairro da Zona Norte do Recife). Durante 1973, o grupo chegou a se apresentar com esse nome em Salvador, Natal e João Pessoa.[3]
O álbum ficou apenas um mês e meio nas lojas – em agosto ele foi proibido pela Ditadura. O grupo foi alvo da censura do governo militar,[2] com questionamentos morais à canção "Seu Waldir".[5] A ilustração da capa do primeiro disco da banda sofreu modificações, sendo definida pelos integrantes como um "papagaiodrag queen".[6]
As últimas performances da banda aconteceram no Teatro de Santa Isabel, no centro do Recife,[7] em 28 e 29 de dezembro de 1974.[3]
A banda, representada por Marco Polo, fez uma apresentação especial no Psicodália de 2011 acompanhada pelo grupo Anjo Gabriel.[8]
Retorno 40 anos depois
Em 2014, a banda se reuniu para realizar shows comemorativos aos 40 anos do seu álbum.[9] O primeiro deles aconteceu em 2 de setembro, no Teatro de Santa Isabel. A apresentação acabou rendendo shows Brasil afora, incluindo o festival Psicodália, em 2015, em Santa Catarina.[5] Também nesta época, o álbum é relançado em CD e vinil, além do áudio do show Perfumes y baratchos, famoso por ser a última performance da banda. [7]
Em 26 de abril de 2019,[5] 45 anos após o lançamento do primeiro álbum, voltaram ao mercado fonográfico com Vendavais, disco que contou com 3 integrantes da formação original: Almir, Marco Pólo e Paulo Rafael (morto em 2021). O disco apresentou 11 músicas inéditas, compostas entre 1972 e 1974, mas até então inéditas em disco.[9] O disco foi eleito um dos 25 melhores álbuns brasileiros do primeiro semestre de 2019 pela Associação Paulista de Críticos de Arte.[10]