Live Earth é um evento de 24 horas de shows de música realizado a 7 de julho de 2007 em oito países de sete continentes, com o objetivo de sensibilizar a opinião pública mundial para o aquecimento global.
A organização promotora do evento é a Save Our Selves - SOS ("Salvemos a Nós Mesmos"), que utilizou de plataformas poderosas de multimídia - filmes, TV, rádio, Internet, livros, rede sem-fio (wireless) e outras.
O evento reuniu 150 artistas da música e cerca de 2 bilhões de pessoas. Contou com o apoio de empresas como MSN, Smart e Pepsi. Foram realizados vários shows em todos os 6 continentes do planeta (com exceção da Antártica), sendo 9 cidades participantes. Os planos para o evento foram anunciados em uma conferência de mídia em Los Angeles em 15 de fevereiro de 2007 pelo ex-vice-presidente dos Estados UnidosAl Gore juntamente com o produtor Kevin Wall e outros ativistas famosos, como Leonardo di Caprio e Cameron Diaz. A inspiração de promover uma causa através de uma série de shows vem de outros eventos similares dos últimos vinte e cinco anos como o Live Aid (1985) e o Live 8 (2005).
Live Earth foi fundado por Kevin Wall, o produtor executivo mundial do Live 8, outro evento que obteve uma das maiores audiências da história para combater a pobreza. Wall formou uma parceria com Al Gore e a Alliance for Climate Protection.
13 de fevereiro: Os planos para a realização de um evento global são anunciados em uma conferência de mídia, em Los Angeles, pelo ex-vice-presidente dos EUAAl Gore, juntamente com Cameron Diaz, Maná e Pharrell.
10 de abril: São revelados os nomes dos artistas participantes nos eventos dos Estados Unidos e do Reino Unido.
17 de maio: A cantora Madonna lança a canção "Hey You" para download gratuito através do MSN.[2] A canção, escrita especialmente para o evento, seria interpretada ao vivo no show de Londres.
4 de julho: Show do Live Earth no Brasil é cancelado pelo Ministério Público que consegue liminar impedindo a realização do evento em Copacabana, alegando que impossibilidade de garantir segurança ao público estimado em 700 mil pessoas, já que a maior parte do efetivo policial estaria atuando nos preparativos dos Jogos Pan-Americanos.
6 de julho: Liminar que suspendia o Live Earth no Rio é revogada e o show é confirmado.
Organizadores do evento informaram que os shows seriam transmitidos por mais de cento e vinte canais de televisão e assistidos por mais de dois bilhões de pessoas em todo o mundo.
Alemanha: ingressos para o show foram vendidos a partir de 24 de maio através do Eventim. Os preços variaram entre 45 e 55 euros, incluindo o transporte.
Austrália: ingressos para o show foram vendidos a partir do dia 18 de maio através do Ticketek. O preço dos ingressos foi de 99 dólares australianos e cada consumidor podia adquirir até quatro deles. O preço do ingresso incluía transporte de ônibus, balsa e trem no dia do show.
Estados Unidos: os preços dos ingressos variaram entre 348 e 53 dólares. Os ingressos começaram a ser vendidos em 16 de abril através do website oficial do evento e da Ticketmaster. Um número especial de ingressos foi distribuído para venda aos membros do site oficial de Al Gore.
Reino Unido: para solicitar a compra de ingressos era necessário preencher uma cédula entre os dias 13 e 15 de abril no website oficial do evento. Aqueles que preencheram as cédulas receberam um número de registro.
A canção de Madonna
A cantora Madonna e o produtor Pharrell Williams escreveram a canção "Hey You" especialmente para a coletânea do Live Earth. A canção esteve disponível para download grátis nos formatos MP3 e WMA no MSN. A Microsoft concordou em doar 25 centavos de dólar para a Aliança de Proteção Climática (Alliance for Climate Protection) para cada download grátis da canção, até que estes completassem a marca de um milhão.[8] Madonna interpretou "Hey You" ao vivo no Estádio de Wembley durante o show londrino do Live Earth.
Contradições
Após o concerto Live Earth, os meios de comunicação britânicos e norte-americanos denunciam a contradição entre a mensagem e os actos das estrelas rock, que por todo o mundo, através da música, fizeram passar a mensagem de que é preciso salvar o planeta. Madonna, por exemplo, é responsável por uma quota de emissão de dióxido de carbono cem vezes superior à quota média de um cidadão britânico, segundo vários jornais entre os quais o britânico Guardian, que explica que o Live Earth produziu três mil vezes mais dióxido de carbono que a mesma média de cada cidadão do Reino Unido. O tabloide News of the World vai mais longe e descreve que as nove casas, frota de carros e jacto privado de Madonna são "uma catástrofe ecológica". O Sunday Telegraph insiste no exemplo Madonna e explora as ligações da estrela pop empresas poluidoras. Os representantes de Madonna defendem-se: "A sua participação no Live Earth é um passo em frente na aproximação que ela quer fazer à causa ambiental".