Procissão (provém de procedere, "para ir adiante", "avançar", "caminhar") é um corpo organizado de pessoas caminhando de uma maneira formal ou cerimonial. Muitas vezes acontece sob a forma de um cortejo religioso realizado em marcha solene normalmente pelas ruas de uma localidade, carregando imagens e entoando orações ou cânticos.[1] Este ritual, segundo a crença, tornaria as pessoas e os locais abençoados.[2] Dessa última forma é praticado em várias religiões cristãs, tais como o catolicismo, a ortodoxia, e algumas igrejas reformadas.
Em Roma
Segundo Dionísio de Halicarnasso, a procissão, como praticada na República Romana, era idêntica à procissão grega, o que, combinada com a semelhança nos rituais de sacrifício, nos jogos, e nas práticas da assembleia geral, recepção de estrangeiros e cessação das hostilidades, eram evidências de que Roma havia sido fundada, não por bárbaros, mas por gregos.[3]
A procissão ocorria antes dos jogos, era conduzida pelos principais magistrados, começava no Capitólio, atravessava o Fórum Romano e terminava no Circo Máximo.[4]
A sequência seguida na procissão era:
os filhos dos romanos que estavam na idade de se tornar adultos; iam a cavalo aqueles cujos pais eram cavaleiros romanos, e a pé os destinados a servir na infantaria;[4]
As procissões podem possuir um significado profundo para os fiéis e simbolizam a caminhada de oração do Povo de Deus, em comunidade, rumo à casa do Pai (Deus). Caminhar tem um sentido teológico muito caro aos cristãos: a Missão. Sair de sua casa, deixar seus familiares, para anunciar o Evangelho.[9] Levar a Imagem do Santo pelas ruas significa espalhar as bençãos que a fé proporciona.[10] Para os participantes, seguir uma procissão é seguir Jesus, que também andou em procissão rumo ao calvário, onde teria conquistado a salvação de toda a humanidade. Na Bíblia, no Antigo Testamento, são relatadas diversas procissões: (Êxodo 25:10-15, Josué 3:5-6;14-16, Josué 4:4-5;15-18,Josué 6:4, Números 10:33-34).
Perspectiva protestante
As igrejas que praticam procissões, por tratar-se usualmente de uma ação de veneração, são comumente criticadas pelas religiões protestantes, que afirmam que tal culto seria considerada idolatria. Em alguns casos levada ao extremo, esta acusação provoca atos de intolerância e violência fanática por parte de protestantes.[11]
↑Cf. VILHENA, Maria Angela. Ritos - Expressões e Propriedades. São Paulo: Paulinas,2005. p.148.
↑Van der Horst, Han (2000). Nederland, de vaderlandse geschiedenis van de prehistorie tot nu (in Dutch) (3rd ed.). Bert Bakker. pp. 133. ISBN 90-351-2722-6.