Ramadi (em árabe: الرمادي) é uma cidade localizada ao longo do rio Eufrates, no centro do Iraque, a cerca de 110 quilômetros a oeste de Bagdá. É a capital e maior cidade da província de Ambar.[1]
História
Ramadi está localizado em uma planície aluvial irrigada e fértil, no Triângulo Sunita do Iraque.[2] Foi fundada em 1869 durante o domínio do Império Otomano. O objetivo principal da cidade era dar aos otomanos uma base para comunicações e controlar a tribo dulaim da região.
Durante a Campanha da Mesopotâmia da Primeira Guerra Mundial, as forças britânicas sob o comando do tenente-general Frederick Stanley Maude tomaram Ramadi. Em novembro de 1917, as forças britânicas lutaram com o que restava das forças otomanas. Maude morreu logo depois de Ramadi ser tomada.
Durante a Guerra do Iraque, Ramadi foi um dos focos de resistência da insurgência iraquiana. O exército dos Estados Unidos e do governo central do Iraque retomaram a cidade em meados de 2004,[3] mas voltaram a combater os insurgentes nela em 2006-07 quando conquistaram uma vitória mais definitiva.[4] A região permaneceu sob firme controle de Bagdá pela década seguinte.[5]
Em maio de 2015, contudo, durante a guerra contra o grupo auto-proclamado Estado Islâmico, os extremistas deste grupo acabaram tomando a cidade após semanas de violentos combates. Ramadi foi então usada como a principal base de poder do grupo na província de Ambar.[6] Porém, em dezembro do mesmo ano, após meses de luta, boa parte da cidade já havia sido recapturada pelas tropas iraquianas, com o centro e outras áreas chave sendo conquistadas em grandes ofensivas. Bolsões de resistência e armadilhas dos islamitas ainda causavam dificuldades para as forças do governo, mas as autoridades do país celebraram esta notícia como uma importante vitória.[7]
Ramadi
Localização de Ramadi, na província de Ambar, na região centro-oeste do Iraque.
Demografia
A população da cidade foi estimada em 500 mil habitantes de acordo com dados da ONU de 2003 e 483.209 de acordo com a ONU em 2004. O regime de Saddam Hussein estimou uma população de 700 mil pessoas. Os habitantes são predominantemente árabessunitas, em sua maioria da tribo dulaim.