Filho de Antônio Benedito de Cerqueira Leite e de Maria Zelinda da Conceição Cerqueira. Seu pai era descendente de antigas famílias paulistas, os Garcia Velho e os Silva Leme; sua mãe era ex-escrava.
Trabalhava como tipógrafo, professor de primeiras letras e escrevente de cartório e depois o título de "advogado provisionado".
Era casado com Adelina Melloni. Tinha como filhos: Clotilde Glicério de Freitas, casada com o dr. Uladisláu Herculano de Freitas Guimarães, deputado estadual, Dr. Clóvis Glicério, engenheiro industrial, casado com Lucilla Rocha Glicério, Henriqueta Glicério, Maria Zelinda Glicério.
No Direito, passou a prosperar, mesmo sendo autodidata. Foi fotógrafo também e era maçom. Republicano e abolicionista, ele esteve envolvido na jornada de 15 de novembro de 1889.
Glicério, era a figura que fazia a propaganda da República, em São Paulo. Glicerio era a encarnação do Partido Republicano Paulista.
Em 1888, quando Dom Pedro II estava doente na Europa, Glicério leu um manifesto do Diretório de São Paulo, propondo ao povo que em caso de morte do imperador, todos fossem convocados para decidir se queriam o terceiro Reinado da princesa Isabel, ou um novo regime.
Apesar da mais ampla liberdade de opinião vigente no Segundo Reinado, nunca se havia pensado, antes de 1870, da criação de um Partido Republicano.
Somente no ano do término da Guerra do Paraguai, alguns liberais aliados a alguns jovens que ainda não haviam participado de atividades políticas assinaram, em 3 de dezembro de 1870, um manifesto republicano, fundando um clube e um jornal com essa tendência política.
Como o partido, criado em 1870 recebeu adesões nas províncias, especialmente na de São Paulo, onde se realizaram duas convenções em 1873: uma na capital e outra em Itu.
Em 1890, no Governo Provisório, atingiu o posto de Ministro da Agricultura, deputado federal de 1891 a 1899 e senador da República Velha de 1902 a 1916.